segunda-feira, 23 de março de 2009

PARA CRIANÇAS: A OVELHA NEGRA

Uma grande amiga, que trabalha com super-dotados (quase ninguém acompanha sua forma de pensar, a rapidez de seu raciocínio, e preferem chamá-los de “doidinhos” em minha cidade) me ligou ontem e pediu ajuda. Ela precisava dar uma palestra sobre “diferenças” para crianças de uma escola pública, onde notadamente havia grande incidência de bulling.
Além de lhe dar dicas sobre como falar sobre o assunto, passei-lhe essa parábola, especial para crianças, que me foi contada pelo meu falecido Mestre, Pe. José Osvaldo.



Era uma vez uma ovelhinha diferente das suas irmãs de rebanho: era negra. Por isso, era desprezada e sofria todo tipo de maus tratos. As outras lhe davam mordidas, patadas; procuravam colocá-la em último lugar no rebanho. Quando estavam num prado pastando, o rebanho inteiro tentava não deixar que a ovelhinha negra provasse uma ervazinha sequer. Dessa forma, sua existência era horrível.

Farta de tanto desprezo, a ovelhinha negra afastou-se do rebanho. Durante muito tempo vagou sem rumo pelo bosque. Quando anoiteceu, exausta, a ovelhinha deitou-se, sem perceber, em um monte de farinha, onde dormiu.

Ao raiar o dia, acordou e viu, cheia de surpresa, que se havia transformado em uma ovelha muito branca, imaculada. Voltou então ao seu rebanho, onde foi muito bem recebida e proclamada rainha, pela sua bela aparência.

Naquela ocasião, estava sendo anunciada a visita do príncipe dos cordeiros, que vinha em busca de uma esposa.

O príncipe foi recebido no rebanho com grandes honras. Enquanto ele observava as ovelhas que formavam o rebanho, desabou uma violenta tempestade. A chuva dissolveu a farinha que cobria o pêlo negro de nossa ovelhinha, e ela recuperou sua cor natural.

Quando a viu, o príncipe resolveu que seria a escolhida. As outras ovelhas perguntaram por quê.

- É diferente das outras. E isso, para mim, é suficiente.

Assim, a ovelhinha negra tornou-se princesa e aprendeu que não é preciso abrir mão daquilo que se é para ser feliz!


"Minha querida alma, preconceitos que vivi e recebi quando me vi diante das diferenças entre mim e outras pessoas, acabaram"
"Minha querida Alma! Seja fonte de auto-aceitação, amor-próprio e compreensão das diferenças".

2 comentários:

  1. Mara Aline (Rio de Janeiro)24 de março de 2009 às 15:37

    Oi. Sou professora e encontrei este post por um acaso, quando buscava por histórias para contar aos meus alunos do 2º ano. Parabéns, Antônio Carlos, por esse jeito simples de passar tão importantes conceitos.

    Mara

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  2. Neide (Governador Valadares-MG)24 de março de 2009 às 15:42

    Gentem! rsrsrs. ESsa coisa de "Minha querida Alma" funciona mesmo! Estou amando usar estas frases!

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