terça-feira, 30 de outubro de 2012

DEPRESSÃO TEM CURA

Na última segunda-feira (29),  o "Brasil das Gerais", apresentado pela maravilhosa Roberta Zampetti na Rede Minas, tratou do tema "Depressão tem cura?". Fiquei feliz em poder participar enviando o meu depoimento, um dos áudios apresentados no programa. O assunto é altamente atual, e deveria ter sido assistido por muita gente na cidade onde vivo, pois aqui a depressão é tratada de maneira superficial pelas pessoas (Ah, tadinho... ele perdeu o emprego e ficou deprimido... Ela perdeu o namorado e ficou sem rumo... A morte da mãe (ou do pai) fez com que aquela pessoa perdesse o foco.... Por causa de Fulana, Ciclano se matou...).
Eu enfrentei a depressão já desde a minha infância, tendo-a como companheira indesejada por pelo menos 20 anos, e posso dizer que essa intrusa maldita, que causa tanto sofrimento, com uma angústia vinda não sei de onde, com uma culpa não se sabe do quê, com o desejo de largar mão de tudo, inclusive da vida, tem raízes muito mais profundas que um simples acontecimento exterior (isso é só um gatilho para os sintomas). Buscar elementos externos para justificar a reação negativa provocada pela doença (sim, é uma doença) serve mais para culpar os outros do que para encontrar a cura, que só é possível quando olhamos para nós mesmos.
Agora, sei como lidar com cada um dos sentimentos negativos que antes se impunham. Não que eles tenham ido embora. Como qualquer ser humano ainda sinto angústias, fico triste... mas agora vejo estes sentimentos como oportunidades de mudança, de transformação, não como monstros que poderiam me destruir.
Quando enfim descobri a causa principal do meu desequilíbrio, o Transtorno Bipolar, enfim me livrei do vazio, da dor, do medo. Neste mesmo período, tive os primeiros contatos com a PNL e aprendi a usar suas técnicas para controlar a ansiedade, eliminar traumas, lidar com os desafios impostos pelo dia a dia e a mudar o foco de minha vida, antes direcionado a problemas, para a busca de soluções.
Eu fui beneficiado, principalmente, pelo belo trabalho da psicóloga Walkíria Coelho, que hoje é especialista em PNL, e pelo seu marido, o psquiatra Eduardo Coelho, que diagnosticou a minha bipolaridade (e também alguns sintomas de Borderline). A eles, bendigo todos os dias. O melhor é que eles nunca tiveram preconceitos contra as muitas formas interessantes de terapias que eram divulgadas na época (meados dos anos 90), como a filosofia clinica, PNL, etc..., e assim pude aprender muitas delas. Até hoje utilizo as técnicas da PNL, da Linguagem Corporal, da Auto Hipnose e outras complementares para me manter centrado, e posso garantir: Vale muuuito a pena.
Por essa razão é que acredito: Depressão tem cura, sim! Para isso, é preciso primeiro que as pessoas que cercam o deprimido nunca desistam de ajudá-lo, como a minha querida mãe sempre fez. Mesmo cometendo alguns equívocos, mandando para médicos que só faziam passar remédios para curar os sintomas ou calmantes fortíssimos, ela nunca deixou de tentar acertar, não desistiu de mim, e por isso eu também não desisti. Da mesma forma, "quem procura, acha"! Eu sempre experimentei jeitos diferentes de me tratar, tentava alternativas, novos profissionais, e por fim descobri as terapias que se encaixaram bem em minha vida (além do lítio, esse "elixir do equilibrio"...rsrsrs).
Esse recado vai para você, que fica ai prostrado (a), vivendo na auto-piedade, apontando o mundo como causa de seus infortúnios e sem a coragem de buscar uma saída: Se mexa, peça ajuda, procure apoiadores para a mudança e não culpados para o sofrimento. Apenas dê o primeiro passo em direção à cura, e ela própria dará um jeito de encurtar a distância até você.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

DESTRUIR X CONQUISTAR...




Muita gente passa a vida como se estivesse em uma guerra. A idéia é "destruir quem os desafia", "vencer as batalhas". Nem se tocam que a cada "vitória conquistada", surgem novos inimigos, e depois outros, e outros... e o VAZIO se instala!
Quem opta por encontrar o que tem em comum com quem se considera seu adversário, faz exatamente o oposto: amplia sua lista de amigos, angaria mais aliados, e vive em PAZ.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

É BOM SER BOM


Vários estudos sugerem que ser simpático traz benefícios profissionais e pessoais. Num nível mais básico, por exemplo, pode ajudar a pessoa a conseguir um emprego. Em um estudo de 2011, o professor de administração Michael Tews e seus colegas da Universidade Estadual da Pensilvânia pesquisaram como gerentes avaliam capacidade e personalidade ao contratar um funcionário. A equipe criou e apresentou falsos perfis de candidatos, com personalidade e grau de inteligência variados. Em seguida, perguntou aos gestores quais candidatos tinham maior probabilidade de ser aceitos. Os gerentes, na maioria, preferiram os que tinham pontuação mais alta no quesito “gentileza”. Na verdade, eles escolheram esses candidatos até mesmo em detrimento dos mais inteligentes, mas aparentemente menos agradáveis.
Ser bom também pode ajudar o profissional a manter o emprego. Em um estudo publicado em 2011, o psicólogo organizacional Timothy Judge e seus colegas da Universidade de Notre Dame, em Indiana, Estados Unidos, descobriram que a demissão de pessoas bem relacionadas era menos provável que a das consideradas desagradáveis por muita gente. Uma razão possível seria os chefes verem os funcionários simpáticos como mais eficientes no trabalho – ainda que não o fossem. Em um estudo de 2002, o psicólogo Lawrence A. Witt, agora da Universidade de Houston, investigou o impacto da personalidade nas avaliações de desempenho em diversas profissões. Não foi surpresa para ele descobrir que funcionários comprometidos com suas tarefas receberam melhores avaliações quando também eram corteses. Profissionais esforçados e confiáveis, mas não muito agradáveis, receberam avaliações mais baixas que os aplicados e gentis.
A simpatia também traz benefícios pessoais. Estudos mostram que pessoas gentis mantêm casamentos mais longos, melhor relacionamento com os filhos e alegam ser, de forma geral, bastante satisfeitas com a própria vida – resta saber, porém, se, por serem tão acostumadas a tentar agradar aos outros, não passam por cima dos próprios sentimentos para não se desentender com o parceiro e a família, ou procuram responder exatamente o que imaginam que o pesquisador quer ouvir.
Em 2010, cientistas do Instituto Nacional do Envelhecimento relataram que as pacientes com baixa pontuação em gentileza eram mais propensos a ter espessamento das artérias carótidas, fator de risco importante para ataque cardíaco. Além disso, a equipe documentou que indivíduos com notas altas em afabilidade disseram sentir menos estresse, algo que poderia beneficiar tanto os relacionamentos quanto a saúde.
Apesar dessas vantagens, os bondosos podem perder de outras formas. Por exemplo, o excelente desempenho no serviço nem sempre se traduz em maior remuneração. Em seu estudo, o psicólogo Timothy Judge e seus colegas descobriram que as pessoas com pontuação alta em afabilidade tendem a ter salários mais baixos que as menos simpáticas. É pouco provável que a grosseria aumente a renda, no entanto, os bons (e também os preocupados em passar essa imagem) podem hesitar em pedir aumento e arriscar provocar a discórdia; ou ainda, os realmente desapegados dos bens materiais podem estar satisfeitos com o que ganham.

Texto da revista Mente e Cérebro: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/e_bom_ser_bom.html#.UHSvNdZ7_VU.facebook

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

PROBLEMAS X RESULTADOS: O QUE VOCÊ QUER?

Não são poucas as vezes que preciso retomar este assunto. Mesmo com todas as tecnologias disponíveis hoje em dia, grande parte das pessoas ainda fazem coisas muito confusas quando buscam o que desejam. Depois, reclamam por terem resultados que não eram os esperados. Isso acontece, principalmente, porque direcionam o pensamento para áreas que não geram soluções, mas, sim, problemas.
Vamos analisar aqui como podemos "pensar" em resultados!

Há dois aspectos a serem seguidos:
Pensamento voltado para resultados - É preciso decidir o que queremos em uma determinada situação
Orientação para resultados - Pensar em resultados de maneira consistente, com direcionamento e propósito. Com isso, temos controle sobre que caminhos tomaremos.

Muita gente usa o oposto deste pensamento, o "Pensamento voltado para problemas", que focaliza "o que está errado". É o pensamento mais comum em nossa sociedade. Desta maneira, vivemos num mundo em que se identifica o que há de nocivo e quem está equivocado, para como passo seguinte atribuirmos culpa, como se tudo de ruim ocorresse nesse mundo porque as pessoas o causam deliberadamente. Assim, nos perdemos num labirinto de problemas, entendemos o que os provoca, até o explicamos e mostramos as consequências, mas sem nenhum efeito prático. Nestes casos, as perguntas são sempre: "O que está errado?", "Há quanto tempo isso está errado?", "Quando começou?", "De quem é a culpa?", "Porque VOCÊ  ainda não resolveu (a culpa é sempre dos outros)?".
Estas perguntas envolvem o passado e o presente, e ainda ajudam a nos sentirmos pior com relação aos problemas, porque literalmente nos afundamos neles. O ato de simplesmente pensar nas dificuldades nos faz mal, e assim nos tornamos menos capazes. Por isso, é praticamente impossível resolvê-las.
Muito mais útil é pensar nos problemas no sentido de responsabilidades, de contribuições, e assim direcionar a discussão para o que queremos, para o que vamos fazer a respeito. Qual foi a contribuição da outra pessoa para o surgimento ou manutenção do problema? Qual foi a minha contribuição? Como a somatória destas duas responsabilidades constitui a questão a ser resolvida?

Estrutura de resultados

A PNL ensina que para se alcançar resultados é preciso seguir uma estrutura, baseada em nove perguntas, conhecidas pelo termo "condições bem formuladas". Quando nós pensamos bem nestas condições, nossos resultados são mais realistas, alcançaveis, motivadores. No entanto, vale lembrar que estas nove questões se adaptam muito melhor a desejos individuais.

1- O pensamento e a primeira pergunta devem ser expressos no positivo: O que você quer?
Não estou falando de "positivo" no sentido de "bom", mas no direcionamento a algo que QUER. Aqui, respondo algo como "Quero ter....", "Desejo chegar a ...". Nem pensar em dizer algo como: "Não quero...", "Preciso me afastar de...".
Aqui vale uma dica: Quando pensar em termos negativos, como exemplo "Quero me livrar das dívidas" (você está pensando em dívidas), que tal perguntar: O que quero em vez disso? Na resposta, virá algo positivo: "Quero aumentar meus rendimentos", ou "Quero ampliar ainda mais o meu crédito na praça"... e por aí vai...

2 - Evidência: Como saberei que estou tendo ou tive sucesso?
Como você saberá que está no caminho certo? Que respostas terá? Você precisa saber o que vai ver, o que vai sentir, o que ouvirá... elementos que comprovem, na medida certa, que está seguindo a orientação correta para os resultados.

3 -  Específicos: Quando, como e com quem?
Onde você quer este resultado? É na sua cidade? Em sua casa?...
Com quem você quer este resultado? Com alguém que trabalha com você? Com seu amor? Com sua familia?
Quando você quer? Estabeleça um prazo específico para chegar onde você deseja. "Daqui a um mês, um ano, dez..."

4 - De que recursos você dispõe?
O que você tem que pode te ajudar a alcançar o que deseja? São cinco categorias: Objetos (exemplo, se seu objetivo está relacionado a um negócio, você tem equipamento adequado?); Pessoas (empregados, familia, amigos, clientes...); Modelos (alguém já chegou onde você quer chegar e pode ser modelado? Alguém já escreveu ou dá palestras sobre o assunto?); Qualidades pessoais (quais você precisa desenvolver ou já tem para alcançar o que quer?) e Dinheiro (Tem o suficiente para investir no que deseja? Dá pra levantar?).

5 - Controle. Você pode iniciar e manter esse resultado?
Aqui, a questão é simples. Você não pode pensar em ter algo que não esteja sob seu controle direto. Quando isso não ocorre, é preciso saber se você pode convencer e levar as pessoas que tem responsabilidade direta sobre algumas partes a DESEJAR este resultado tanto quanto você. O que você pode fazer de maneira direta para este resultado? Como pode persuadir os outros a te ajudar?

6 - Ecologia. Quais as consequências disso tudo?
Ecologia é buscar o equilibrio entre o que você quer e as consequências disso à sua volta.
Os benefícios compensam os custos (materiais e psicológicos)? Você terá que abrir mão de algumas coisas... isso vai valer a pena?
Quem mais será afetado? De que maneira?
O que está bom agora e pode ser mantido? O que precisa ser mudado?
Que outras consequências terá quando o resultado chegar? (Midas queria que tudo que ele tocasse virasse ouro... e realmente foi o que aconteceu....).

7 - Identidade. O resultado tem a ver com você?
Você pode querer gerenciar um projeto importante da empresa... mas abriria mão dos domingos com a familia para isso? E a cervejinha com os amigos?
E o negócio que você quer, envolve algo com o qual goste de lidar? Estaria disposto a mudar uma "cultura pessoal" para investir em algo totalmente diferente? Conheço uma pessoa que se formou em Educação Física para ser técnico de futebol, mas hoje ganha muito dinheiro e é feliz por ter criado, com um colega fisioterapeuta, uma clinica para treinar crianças com Síndrome de Down.

8 - Como os resultados se encaixam?
Às vezes, pensamos algo grandioso, e nos vemos em dificuldades porque não temos uma referência. Podemos dividir este grande resultado em outros menores (mas não muito), e ir encaixando cada etapa. Pense sempre: "O que posso fazer para alcançar este resultado (menor) e assim caminhar rumo ao objetivo maior?".

9 - Ação - O que fazer?
Depois de passar pelas oito etapas acima, é hora de agir, ou delegar. Hora de fazer o que se propôs e repassar aos seus colaboradores o que lhes cabe fazer. Cada um pensando nos seus resultados por si, mas ligando-o ao grande resultado. Assim, todos estarão alinhados. 

Que tal começar agora? Pegue um caderno e uma caneta, e inicie já esta tarefa. Lembre-se sempre que uma caminhada de vários quilômetros só começa de uma maneira: com o primeiro passo.


UMA BELA METÁFORA DA VIDA REAL


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