Essa formação de autoimagem e da autoestima, no entanto, pode ser muito bem trabalhada se levarmos em conta e aprendermos a usar pelo menos três fatores: o diálogo interno, a visualização e a postura corporal.
No DIÁLOGO INTERNO, levemos em consideração o seguinte fato: Imagine que alguém coloca no chão uma tábua de uns vinte metros de comprimento e 40 de largura, com madeira maciça, firme, e pede pra que você caminhe sobre ela. Você o fará tranquilamente. No entanto, se esta pessoa colocar esta tábua entre dois postes, você conseguiria?
Fisicamente, claro que sim, mas na sua cabeça vai começar uma "conversinha" entre o lado que quer fazer a tarefa e o que tem medo de cair, com predominância deste segundo, e provavelmente você sequer tentará a façanha. Se o fizer, será com um cuidado totalmente maior.
Da mesma forma, vivemos dizendo coisas para nós mesmos que impedem a chegada do sucesso ou da concretização de uma tarefa. "E se não der certo?", "Acho que não vou conseguir", "Isso é IMPOSSÍVEL"...etc.
Que tal estabelecer um diálogo mais produtivo consigo mesmo(a)? Tudo será diferente. Uma boa dica é colocar um "mas" (palavrinha que nega o que foi dito anteriormente) para completar o pensamento. "Isto pode não dar certo, MAS tenho certeza de que consigo". "Isso parece impossível, MAS outros conseguiram, então eu também posso".
Outra abordagem é a VISUALIZAÇÃO. Está comprovado em pesquisas que quando uma visualização é bem feita, o cérebro não distingue o que é fato do que é fantasia. O medo paralisante é bem isso. A pessoa não consegue ir ou passar por algum lugar, ou fazer algo, porque visualiza coisas que nem estão lá, mas para o cérebro são mais reais que tudo que esteja à sua volta.
Neste caso, que tal parar, respirar, prestar atenção a esta respiração, relaxar, e imaginar você onde deseja estar? Se VER de fato naquele espaço, ou com aquilo que deseja ter ou fazer (aquele carro, aquele trabalho que precisa ser concluído, dando aquela palestra com desenvoltura...). Costumo usar a visualização sempre que estou prestes a dar uma palestra ou curso, e quando não o faço nem sempre as coisas saem como eu desejo.
O terceiro fato modificador da autoimagem e da autoestima é a POSTURA. Digo sempre em minhas palestras que devemos aprender não só a "ler" a linguagem corporal das pessoas como a "usar" estes elementos para promover o que chamo de "efeito desbloqueador em cascata".
Se você costuma caminhar pelas ruas cabisbaixo, olhando para o chão, pode apostar que logo, logo estará deprimido, porque esta é a postura da depressão. Se você modificar esta postura, sem dúvida passará a se sentir bem melhor.
Uma dica, que me foi dada pelo meu querido Mestre Pe. José Osvaldo Nunes (já falecido mas sempre comigo), e que segundo ele foi ensinada pelo Dr. Lair Ribeiro em um encontro do qual participou:
Como você já pode ter percebido, as três formas de modificação da autoestima e da autoimagem estão em três sistemas representacionais diferentes:
Ideal seria dizer a si mesmo(a) que tem tudo o que precisa para apresentar um bom trabalho, assumir uma postura firme, com a cabeça erguida e os olhos fixos à sua frente, de quem sabe o que está fazendo, e visualizar as pessoas na reunião atentas ou assentindo positivamente com a cabeça enquanto você fala.
Percebeu como é fácil? Então não espere mais!