quarta-feira, 28 de julho de 2010

HOJE É DIA DE LIMPEZA

Sabe aqueles dias em que a gente acorda e decide dar uma faxina geral em nossa casa? Quantas vezes fazemos isso com nossas próprias vidas?

Pois é... estava precisando fazer uma faxina em mim. Jogar alguns pensamentos indesejados para fora, lavar alguns tesouros que andavam meio enferrujados..
Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais.
Joguei fora alguns sonhos, algumas ilusões... Papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei; Joguei fora a raiva e o rancor das flores murchas que estavam dentro de um livro que não li. Olhei para meus sorrisos futuros e minhas alegrias pretendidas... E as coloquei num cantinho, bem arrumadas.
Fiquei sem paciência!... Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão: Paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras horríveis que nunca queria ter dito, mágoas de um amigo, lembranças de um dia triste... Mas lá também havia outras coisas... e belas!
Um canário da terra cantando na minha janela... aquela lua cor-de-prata, o pôr do sol!... Fui me encantando e me distraindo, olhando para cada uma daquelas lembranças. Sentei no chão, para poder fazer minhas escolhas.
Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou. Peguei as palavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima, pois quase não as uso, e também joguei fora no mesmo instante!
Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver o que farei com elas. Talvez as esqueça lá mesmo, mas imagino que melhor será mandá-la para o lixão.
Aí, fui naquele cantinho, naquela gaveta que a gente guarda tudo o que é mais importante: o amor, a alegria, os sorrisos, um dedinho de fé para os momentos que mais precisamos... como foi bom relembrar tudo aquilo!
Recolhi com carinho o amor encontrado, dobrei direitinho os desejos, coloquei perfume na esperança, passei um paninho na prateleira das minhas metas, deixei-as à mostra, para não perdê-las de vista.
Coloquei nas prateleiras de baixo algumas lembranças da infância, na gaveta de cima as da minha juventude e, pendurada bem à minha frente, coloquei a minha capacidade de amar... e de recomeçar...


Agora, estou sentado em minha poltrona, admirando, ainda que por alguns minutos, a bela obra de limpeza que fiz em minha vida.
Está aí ainda? Prestando atenção no meu trabalho interior?
Obrigado, mas melhor mesmo é experimentar a mesma sensação. Que tal começar a sua limpeza?
Faça isso agora, pois pode não haver tempo amanhã.

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