Pular para o conteúdo principal

OS DEUSES ESTÃO NA MENTE

Lá estava eu, pronto para mais uma palestra, quando me aborda uma jovem já conhecida pelo seu espirto bem questionador. Ela me perguntou se o que ia dizer naquela noite poderia realmente fazer alguma diferença em termos de motivação em seu trabalho, pois caso contrário ela não iria participar.
Devo confessar que a principio fiquei paralisado pela sinceridade da garota, mas respondi imediatamente que sim, ela iria com certeza aprender formas de se motivar, isso se já não saísse do encontro totalmente mudada pela palestra.
No entanto, o tema da reunião não era, primordialmente, motivação, embora houvesse elementos do tema. Fiquei pensando, enquanto ela saia de perto de mim com um olhar desafiador, como iria fazer para dar a esta garota o que ela estava buscando.
Foi então que me veio o insight: Ela já tinha tudo que precisava para se motivar (era desafiadora, sabia o que queria, não tinha medo...). O problema é que ela acreditava que esta motivação devia vir de fora, de algo que ela veria ou ouviria, ou de alguém especial (e naquele momento ela esperava que eu fosse esta pessoa).
Confesso que fiquei aliviado, porque percebi que não precisaria fazer muito para que ela passasse a entender melhor como isso funcionava. Dei minha palestra tranquilamente, com vários temas sobre resolução de conflitos, mas dei uma certa ênfase nas caracteristicas de pessoas que lutavam pelo que desejavam, e como elas poderiam ser ainda melhores se confiassem mais em si e não dependessem tanto dos outros.
Ao final, a chamei e perguntei como foi o encontro para ela. "Nossa, professor, aprendi muitas coisas interessantes mesmo, mas sinto que falta algo. É como se ainda não estivesse totalmente convencida, entende?".
Então foi a minha vez de lhe lançar um desafio; "Eu garanto que em no máximo uma semana você terá provas e mais provas do que estou dizendo: a motivação está em sua mente. Mas isso ficará mais evidente se  me permitir contar uma história enquanto você relaxa. Posso?".
Ela topou na hora!
Então a conduzi a um relaxamento brando e lhe contei esta metáfora:

"Um famoso general mongol havia conquistado com as suas tropas uma extensa região da Ásia Central. Seus soldados estavam agora exaustos e saudosos do lar, mas o general desejava prosseguir e capturar a grande cidade de Samarkhan, defendida por um exército cinco vezes maior do que o seu. Ele tinha certeza de que poderiam vencer, mas seus homens estavam relutantes.
O general convocou-os então e juntos erigiram um altar, no qual rezaram pedindo inspiração aos deuses. No final da cerimônia, o general tomou uma grande moeda de ouro e disse que iria lançá-la ao ar para ver o que os deuses determinariam. Se caísse com a cara para cima, seria sinal de que os soldados obteriam uma vitória estrondosa.
A moeda caiu com a cara para cima e, inspirados pelos deuses, os soldados avançaram e conquistaram com facilidade a cidade.
Após a batalha, um dos soldados comentou com o general:
- Quando nos mostram que os deuses estão conosco, nada pode alterar nosso destino!
O general concordou com uma risada e mostrou ao soldado a moeda: Ela tinha cara em ambas as faces".

Assim sendo, terminamos a sessão e nos despedimos. Ela não comentou a história.
Quatro dias depois a encontrei novamente, sorrindo em seu trabalho. Ela havia entendido muito bem, ainda que inconscientemente, a mensagem da metáfora, e agora confiava em suas próprias âncoras para se motivar.
E você, se motiva com o que?

"Minha querida alma, seja fonte de confiança. Minha querida alma, seja fonte de motivação e coragem".

Comentários

  1. Que delicia esta história. Me deu uma luz muito interessante...

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

VISUAL, AUDITIVO E CINESTÉSICO: OS PREDICADOS VERBAIS NA PNL

Em PNL,fala-se muito que uma pessoa é do tipo "Visual", "auditiva" ou "cinestésica" (comumente simplificada para as siglas VAC). Mas, o que é isso? Trata-se da maneira principal como uma pessoa capta e repassa informações. Uns preferem trabalhar com imagens, e assim comunica o que captou (Pelo que "vejo", você não está nada bem...). Outros o fazem pelos sons (Isto que você me diz é música para meus ouvidos). Outros ainda vão nas sensações, nos gostos, nos cheiros... (Esse negócio não tá me cheirando muito bem...). Todos nós usamos as três formas para se comunicar, mas temos um sistema dominante. E como identificar como é o sistema predominante de alguém?

CALCULE O SEU BIORRITMO

Acesse a calculadora e descubra como você está, fisica, emocional e intelectualmente neste mês  Cálculo de Biorritmo, um programa free Este programa é para ilustrar a teoria descrita abaixo. Você pode usar este software on-line para fins não comerciais, para calcular, criar e imprimir o gráfico de biorritmos grátis. Você não precisa de nenhum download ou instalação no seu computador. O cálculo é feito em incrementos de hora em hora, sem garantia de correção. Os seus dados (data de nascimento, mês de calcular e de texto livre) não serão enviadas através da Internet pelo programa e nunca pode ser armazenado externamente ou avaliados. O funcionamento do software em linha grátis Para começar, seleccione a data adequada e na hora de seu nascimento, nos campos da calculadora. Se você não marcar uma hora especial, o software considera este como 12 (meio dia). Após o primeiro cálculo, você pode usar as teclas de navegação, bem como as teclas de setas par...

BIORRITMO: VOCÊ SABE O QUE É?*

Acesse a calculadora e descubra como você está, fisica, emocional e intelectualmente neste mês  Depois de postar um link para cálculos do biorritmo, alguns leitores manifestaram dúvidas sobre a teoria apresentada. Resolvi então repetir uma postagem feita em 2008 sobre o assunto, mas que permanece bem atual e é altamente objetiva nas explicações. Confira: Biorritmo estuda nosso relógio biológico, nossos ritmos energéticos ou, ainda, nossos ciclos biológicos. É uma ciência que nasceu há mais de 4000 anos, tendo como pai o imperador chinês Huang Tchi, também considerado o pai da acupuntura. No ano 200 A.C, Hipócrates e seus discípulos aplicaram o Biorritmo em seus pacientes. Os resultados foram decisivos para a comprovação científica com sua eficácia. Por volta de 1887, o psicólogo austríaco Herman Swoboda, o professor da Universidade de Innsbruck Alfred Teltscher e o Dr. Wilhelm Fliess, contribuíram para a consolidação definitiva do Biorritmo na Europa. No mesmo período ...