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MAU HUMOR... OU DOENÇA?

Se você é daqueles que explodem por qualquer motivo (ou convive com pessoas assim), só pensam de maneira negativa e não conseguem se relacionar bem com quem quer que seja, por conta do mau humor, saiba: um problema psiquiátrico pode estar associado a este fato! O nome dado a este desequilibrio é DISTIMIA. Às vezes, é um problema isolado, um tipo de depressão crônica leve, mas em outras é sintoma de algum transtorno de personalidade.

Os problemas do dia-a-dia geralmente causam um desconforto em muitas pessoas, e a rotina estressante pode atingir o humor de qualquer um, principalmente de quem se abala com qualquer coisa. Porém, uma atenção especial deve ser dada às pessoas que, freqüentemente, ficam mal humoradas, porque o problema pode ser muito mais do que um simples distúrbio passageiro.

A distimia é uma doença causada por mau humor crônico e influencia não só a vida do paciente como também das pessoas que convivem com ele.

Segundo psiquiatras e psicólogos, uma das principais dificuldades em diagnosticar a doença é a similaridade dela com questões comuns de mau humor do dia-a-dia. Antônio Nardi, psicoterapeuta, fez uma comparação: "Quando algo nos incomoda, como um trânsito muito ruim ou alguém pisa no nosso pé, é natural ficar de mau humor. Esse é o que chamamos de mau humor ocasional. Mas quando estas alterações de humor são muito comuns, a doença pode estar se manifestando. O distímico fica irritado porque está chovendo ou porque está sol. Tudo é motivo para mau humor".

Uma característica comum do paciente com distimia é a irritação e preocupação excessiva até quando a situação é positiva. O doente consegue ver problema em casos aparentemente 100% benéficos, como ganhar na loteria. Segundo o especialista, caso isso aconteça com ele, será considerado normal que se essa pessoa se preocupe com os problemas que o dinheiro trará, ao invés de apenas comemorar o fato. "Os distímicos não apresentam apenas o mau humor, ele têm também tristeza, pessimismo, baixa auto-estima e falta de prazer na maioria das atividades".

Em geral, a distimia começa a aparecer na adolescência ou no adulto jovem e pode durar a vida toda, se não for tratada. Os sintomas que mais chamam a atenção, no seu início, são a irritação com qualquer coisa, o costume de ver problemas em tudo e o isolamento social. Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que 3% da população pode ser atingida pela doença e as mulheres são afetadas duas vezes mais do que os homens. Se a doença não for tratada (geralmente o tratamento dura dois anos), o paciente tem 70% de chance de desenvolver algum tipo de depressão.

As principais diferenças entre a distimia e a depressão propriamente dita são a relação social do paciente e alguns sintomas físicos desta última, como alteração de apetite, sono e energia. Enquanto a pessoa depressiva busca se isolar de qualquer atividade, o distímico continua realizando suas funções normais. A depressão comum dificulta o indivíduo de trabalhar, de ir a compromissos sociais e de praticar esportes. A distimia compromete a capacidade de prazer e satisfação destas atividades, mas o indivíduo não deixa de realizá-las.

Por isso é mais complicado que pessoas leigas notem a doença. Elas apenas percebem que há algo de errado, principalmente porque o problema começa a gerar um tremendo mal-estar no grupo em que a pessoa doente está inserida. Na verdade, nem o distímico e nem a sua família sabem distinguir o que é esse problema e o que é o indivíduo, segundo os psiquiatras.

Tem saída?

Claro que tem. Em primeiro lugar, se estes sintomas de mau humor são constantes, se você ou alguém próximo é daquele tipo que vive reclamando, que só encontra defeitos onde existem muitas qualidades, e problemas onde existem muitas soluções, procure (se for você) ou leve a pessoa a um psiquiatra, pois este profissional é o indicado para diagnosticar e tratar a doença.

Outra dica é “não entrar na pilha”, ou seja, não ficar doente junto com a pessoa, pois aí então é que as coisas se complicam: Se um mal-humorado já incomoda, imagine dois ou mais? Evite o confronto, busque se colocar à disposição para ajudar, mas não deixe de expressar suas preocupações com a saúde desta pessoa e indique-lhe os caminhos para obter acompanhamento profissional.

Se for preciso, principalmente se você for do tipo que “não leva desaforo para casa”, afaste-se de maneira estratégica. Não deixe que a atitude do distímico se torne a tônica do relacionamento, pois senão as coisas só tendem a piorar.

Acredite: Estas dicas me ajudaram muito na vida profissional e com muitos amigos.

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