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SEXTA-FEIRA, 13: LIÇÃO DE CRENÇAS


Quando chega a sexta-feira 13, o movimento é sempre o mesmo: Dia de sorte ou de azar? Dá pra arriscar em passar debaixo da escada? Que tal carregar um raminho de arruda? Tem bruxas más soltas por aí? E os gatos pretos?
Eu encaro este dia como uma ótima oportunidade de comprovação do quanto as crenças interferem em nossas vidas, e como é importante estar atento à automatização que damos aos seus efeitos.
Na verdade, a sexta-feira 13 pode, sim, ser um dia de puro azar. Como pode ser de muuuuita sorte. Da mesma forma qualquer outro dia pode ter o mesmo efeito (para muitos, toda segunda-feira é dia da preguiça. Para outros, é dia de começar com tudo, pois é o retorno às atividades que irão render uma boa grana, que vai reencontrar os colegas de escola, de trabalho...).
Passei por uma experiência interessante na sexta-feira 13 de março deste ano. Estava fazendo uma matéria policial e fiquei diante da delegacia, à espera do delegado. Tinha alguns pedreiros na frente de um banco, fazendo umas reformas, e notei quando uma jovem se aproximou do prédio, olhou para todos os lados, ficou observando a entrada... Ficou cerca de 10 minutos ali... parada.... e desistiu de entrar no banco.
Quando passava diante da delegacia, tropeçou e caiu de joelhos na calçada.
Adivinha qual foi a frase que ela disse? "Eu sabia! Até demorou".
Ajudei-a a se levantar. Felizmente não havia se machucado, a não ser no orgulho, por ter levado um tombo no meio de tanta gente. Ao perguntar se havia tropeçado numa pedra, num buraco, se foi porque quebrou o salto ou algo parecido, a resposta não teve nada de prático: "É que hoje é dia de azar. E eu sempre sofro alguma coisa na sexta 13. Tenho medo até de sair. Agora mesmo não entrei no banco porque vi uma escada bem no caminho, e não tinha como desviar e resolvi acertar umas contas na lotérica. Mesmo assim levei este tombo".
O que esta mulher não havia notado, e eu tinha percebido, é que ela, literalmente, provocou o tombo. Ela estava andando tensa, de uma maneira tão insegura que parecia, pensei eu, estar passando mal. As pisadas claramente estavam irregulares, andava em falso constantemente. Se não fosse diante da delegacia, o tombo aconteceria em qualquer outro ponto, mas aconteceria.
O detalhe é que ela não notou sua postura, e por um simples motivo: ELA ACREDITAVA QUE ESTAVA REALMENTE NUM DIA DE AZAR. O resultado é óbvio: "Cuidado com o que acredita, com o que deseja. O Universo se encarregará de torná-lo realidade". No caso dela, o corpo tratou de confirmar sua crença.
Chamei a atenção da garota para estes fato, de maneira direta. Ela, a princípio, me olhou com raiva, como se eu estivesse falando uma tremenda blasfêmia (quando se mexe com crenças, a tendência é esta mesmo). No entanto, foi aquiescendo no momento em que perguntei: "Se hoje não fosse sexta-feira, dia 13, como você estaria andando? O que você faria quando visse a escada na porta do banco? Em que estaria pensando?". Ela respondeu que seria bem diferente do que fazia naquele dia, e então mostrei outras pessoas que passavam pela rua. Todas estavam tranquilas, andavam normalmente, e algumas sequer se lembravam que dia era aquele.
Foi como se houvesse um estalo em sua cabeça. "Se o dia 13 fosse mesmo de azar, os problemas aconteceriam com todos, não é mesmo? Não só comigo!". Foi a deixa para ela entender que os problemas aconteciam porque ela acreditava neles, e não por causa do dia.
Não sei se isso valeu algo de fato para a vida dela, se houve mesmo alguma mudança efetiva na crença. Naquele dia, pelo menos, ela passou a caminhar de uma maneira totalmente diferente, muito mais firme e tranquila.
E você, acredita em que?
Seja no que for, a responsabilidade é sua, e não do calendário.

"Minha querida alma, crenças negativas, que vivi e recebi até o dia de hoje, acabaram!".
"Minha querida alma, seja fonte de crenças positivas, e liberdade para viver a vida".

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