quarta-feira, 26 de setembro de 2012

10 IMAGENS QUE VÃO RESTAURAR SUA FÉ NA HUMANIDADE

As pessoas, em geral, nem sempre são terríveis, como diversas vezes chegamos a pensar. De vez em quando, podem promover alguns atos maravilhosos – e simples. A seguir, algumas fotos que vão lembrá-lo disso.
Em tempo: O post original (que você pode conferir no rodapé) continha 21 imagens. Sem as fakes, sobraram estas belíssimas e verdadeiras fotos.

– Cristãos em Chicago que apareceram numa marcha do orgulho gay para pedirem desculpas pela homofobia na Igreja


Da esquerda para direita: “Nos desculpem por como os cristãos julgaram vocês”, “Nos desculpem por como os cristãos evitaram vocês”, “Me desculpem por como a igreja tratou vocês”, “Eu era um homofóbico ativista pela bíblia, me desculpem!” 

 2. … e a reação dos integrantes da marcha



3. A placa desta livraria espetacular: 

"Durante os horários comerciais, os livros na faixada são 50 centavos cada, ou 5 por 2 dólares. Quando o estabelecimento estiver fechado, sintam-se livres para pegá-los emprestado ou comprá-los e me pagar depois. A qualquer hora: Se você não tem dinheiro para comprar livros e precisa ou quer ler, sinta-se à vontade.
Aceitamos doações". 


4. O momento em que essa atleta em Ohio parou para ajudar uma competidora machucada a atravessar a linha de chegada numa “track meet”

Meghan Vogel, 17 anos, ficou em último lugar na corrida de 3200 metros quando ela alcançou a competidora Arden McMath, cujo corpo já não aguentava mais correr.  Ao invés de ultrapassá-la para não ficar em última, Vogel colocou o braço de McMath nos seus ombros, carregou 30 metros, e então empurrou-a para a linha de chegada antes de atravessá-la. 


5. Essa troca de cartas entre uma garota de 3 anos e um shopping center:

Algo como:
Querido Sainsssssssssssssssbbbbbbbbbbbbbbbbbbburyyys
Por que o nome do “pão tigre” é pão tigre?
O nome devia ser “pão girafa”.
Com amor, Lily Robinson idade 3 e meio 

E a resposta do Shopping:
Muito obrigado pela sua carta. Eu acho que renomear o pão tigre para pão girafa é uma idéia brilhante – parece muito mais com as pintas de uma girafa do que com as listras de um tigre, não é?
É chamado de pão tigre por que o primeiro padeiro que fez o pão há muuuuuuuuito tempo achou que parecesse listrado como se fosse um tigre. Talvez ele fosse meio bobo.
Realmente gostei de ter lido sua carta, então achei que deveria te mandar um presentinho. Coloquei um vale de 3 libras com essa carta, se você pedir pra sua mamãe ou seu papai te levar para Sainsbury’s você poderia usar para comprar alguns dos seus próprios tiger breads (e talvez se sua mamãe e seu papai deixarem você pode comprar uns doces também!). Por favor, peça a um adulto para esperar 48 horas antes de usar esse cartão.
Fico orgulhoso que você tenha escrito para nós e espero que você goste de gastar seu vale. Te vejo na loja em breve.

Chris King (27 anos e 1/3)




6.  Esse bilhete que foi deixado para um garçom junto de uma nota de 20 dólares por uma senhora anciã no restaurante em que ele trabalhava:

Luke,
A gorgeta que te dei foi por que você me lembra muito meu filho, Deron, que morreu 15 anos atrás.Talvez você pareça um pouco com ele, mas é seu tipo, sua gentileza, sua consciência, seu espírito cortês que fez essa conexão. Obrigado pela lembrança amarga e doce ao mesmo tempo. Que deus te abençoe, querido!

7. Essa excelente placa nesse Subway:

Refeições gratuitas para os moradores de rua todas as sextas, das 3 às 5 da tarde.
 


8. A espetacular placa dessa loja secadora de roupas:

Se você está desempregado e precisa de uma roupa limpa para uma entrevista, a gente lava DE GRAÇA. 
Plaza Cleaners em Portland, OR, ajudou mais de 2000 desepregados que não conseguiam bancar as lavagens a seco. O dono da loja estimou que isso custou cerca de 32 mil dólares para a companhia.

9. Essa fotografia de um homem dando suas sandálias para uma moça em situação de rua no Rio de Janeiro:

Durante muito tempo, se pensou que essa foto fosse fake. Recentemente, foi descoberto que é verídica – e foi tirada por um transeunte.

10. Esse gesto de um vizinho:

Olá Vizinho.
Meu nome é Mohammad, um muçulmano, morando em (riscado).
Estamos fazendo jejum pelo mês do Ramadã.
Domingo, 7 de agosto às 8 da noite, gostaria convidar você e sua família para quebramos o jejum. Serviremos um jantar. Por favor me ligue para confirmar, e me diga quantos membros da sua família virão.
(Não tenho dúvidas de que o convite foi aceito).
O restante das imagens, inclusive as fakes, estão no "Tatudobem?"

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

UM INVESTIMENTO PRA LÁ DE INESPERADO

O jovem aprendiz chegou à empresa todo animado. Informado de que o empresário que o contratara tinha fama de ser um homem arrojado, que gostava de idéias novas, entrou em sua sala já com um monte de projetos fervilhando na cabeça.
Com ele, mais dois concorrentes. Cada um contando com a contratação após um teste, que nem sabiam qual era.
O patrão olhou-os de cima a baixo, e depois entregou um documento a cada um. Era a autorização para investir $ 1 milhão da empresa em algum novo negócio. Os três saíram correndo e trataram de botar suas idéias em prática.
20 dias depois, o trio estava de novo diante do investidor.
O primeiro havia conseguido um lucro de $ 200 mil. "Está contratado", disse o chefe.
O segundo ganhou $ 340 mil. "Está contratado", disse novamente o patrão.
O jovem aprendiz, um dos mais animados no primeiro dia de trabalho, estava agora cabisbaixo, triste e envergonhado. Havia perdido todo o dinheiro num investimento que se revelou um fiasco.
"Patrão... eu fiz bobagem. Acreditei em algo irreal e não me dei bem. E com isso causei um rombo aos cofres da empresa", ele disse.
O homem permanecia impassível, mas via-se em seus olhos que também estava compadecido.
"Me diga... você chegou aqui como aprendiz, e acredito que aprendeu de fato algumas coisas, não?", perguntou ao rapaz.
"Sim. Depois dessa besteira, então, nem se fala! Aprendi que determinadas atitudes podem ser prejudiciais, que não posso ser impulsivo e que no mundo dos negócios é sempre bom ser ousado, mas não inocente".
"Então a empresa já fez sua parte, ensinando isso a você".
"Verdade, chefe. Por isso mesmo é que não tenho que reclamar de ser mandado embora, de não ser contratado. Tenho mesmo é que conseguir um novo emprego e tentar pagar o senhor todo o prejuízo".
"E quem falou em te mandar embora"?
"Uai, não vai mandar"?
"Cara, eu acabei de investir $ 1 milhão em sua formação. O único jeito de recuperá-lo e segurar você aqui, não acha? Está contratado. Por enquanto não com os mesmos ganhos dos outros dois, mas confiante de que logo, logo você nos dará muito mais do que isso".
Se isso tivesse ocorrido com você, qual seria a sua reação?
A minha, foi de tentar usar o que havia aprendido e aproveitar a nova chance...

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O QUE VOCÊ PROJETA, É O QUE ENCONTRA

Ontem, conversando dois amigos, fiquei admirado como eles tinham visões totalmente diferentes do país e de nossa cidade. Para um, "estava tudo errado". Para outro "tudo se encaminhava para melhorar cada vez mais".
Sou obrigado a concordar com ambos. Vivemos não em um país, estado ou cidade bons ou ruins, mas cada um enxerga estes espaços do seu jeito.
A conversa me fez lembrar uma metáfora muito legal, ouvida do meu grande Mestre José Osvaldo num dos cursos de Programação Neurolinguistica que ele ministrava. Acredito que, com ela, você vai entender bem o que estou dizendo...

No alto do planalto do Tibete, um turista encontra um monge Zen, que caminhava com um discípulo, e pergunta-lhe: "Diga-me como é a cidade de onde você vem?"
O monge responde:
"Como era aquela que você acabou de deixar"?
"Ah, horrível! Muitos vestígios belos do passado, mas com pessoas sujas, feias, pouco hospitaleiras, fofoqueiras e malcheirosas".
"Muito bem! se você está indo para a minha cidade, infelizmente acho que também vai encontrar pessoas sujas, malcheirosas e pouco hospitaleiras e que fedem a cinqüenta metros de distância".
O turista então resolveu passar ao largo daquela cidade.
Ao chegar perto de Ts'ien-fo-Tang o monge encontra no caminho outro turista que lhe faz a seguinte pergunta:
"O senhor, tão sábio e culto, deve conhecer aquela cidade adiante".
"É a cidade de onde eu venho", respondeu o monge.
" E como são as pessoas de lá"?
"Antes, diga-me como são aquelas da cidade que você acaba de sair", pergunta o monge.
"Maravilhosas, muito delicadas, uma alegria só... Foi difícil sair da cidade para continuar a minha viagem".
"Ah! Aqueles da próxima cidade vão parecer ainda mais maravilhosos. Boa viagem e que Deus o acompanhe para todo o sempre!", respondeu o monge.
O discípulo não se conformou com as respostas tão diferentes, e questionou seu Mestre:
"O senhor parece escolher a dedo quem vai entrar em nossa cidade. Para um, diz que ela é um inferno. Para outro, um Paraíso... qual das duas é verdadeira"?
"Ambas", respondeu o monge, para surpresa do jovem.
"Como assim"?
"Meu filho, aprenda: Cada um carrega a cidade em que vive dentro do coração, e o que ele projeta, é o que encontra".

domingo, 9 de setembro de 2012

PREOCUPAÇÃO E CULPA: FUGA DO PRESENTE

Resolvi me sentar para tentar passar aos meus arquivos algumas idéias novas que me vieram na noite passada. Liguei o computador, esperei alguns (longos) minutos para que os programas estivessem "no ponto" e abri o editor de textos. Sendo um domingo, teria tempo de sobra para fazer este trabalho.
É... teria!
A vida de quem mora só e tem que arcar com várias responsabilidades, como aluguel, a própria alimentação e as regras de uma profissão que exige muitos cuidados, como é o jornalismo, tomaram conta de minha mente. Comecei a pensar nas tarefas da segunda-feira, na busca por algumas informações para completar algumas matérias, nas fotos que teria que enviar, nos vídeos que precisava editar...
E de repente também me lembrei que neste domingo ainda tinha mais um compromisso. Era somente às 18h00, com o grupo de cânticos para o qual toco violão, no Santuário Mãe Rainha. Que músicas iria escolher? Será que teria algum ação diferente na celebração? Teria roupas passadas e adequadas para a missa? Ainda era de manhã, e eu já estava pensando até se ia a pé ou de táxi para a igreja.
Não demorou muito, e me veio outra lembrança: na sexta, deveria ter ido me encontrar com uma amiga, que queria conversar sobre um problema que ela estava enfrentando. A correria do trabalho me impediu de fazer isso, e quando cheguei em casa, nem tomei o cuidado de avisá-la. A cara que ela fez ao me ver num barzinho, algumas horas depois, ainda estava marcada na minha mente.
Assim, quando percebi, já se tinham passado pouco mais de duas  horas e eu, com estes pensamentos, ainda não havia nem começado a escrever o que eu queria. Na verdade, simplesmente me esqueci de boa parte das idéias.
Foi aí que me toquei: Em outras ocasiões, o mesmo fato já havia acontecido comigo, e tenho certeza de que várias outras pessoas também passaram por esta dificuldade. Em alguns casos, ficamos travados com o que "temos que fazer" (preocupação). Em outros, com "o que devíamos ou não devíamos ter feito" (culpa).
Estes dois sentimentos são vividos no presente, mas nos levam para outro instante, no futuro ou no passado. Em ambos, o resultado é um só: não vivemos o agora! Ou seja, de qualquer forma os resultados são nocivos.
Tanto num caso como no outro, encontramos razão para a imobilidade. Se estamos preocupados, não podemos brincar com nossas crianças, não dá pra comer, beber, se divertir... qualquer ato imediato fica comprometido: "Não posso fazer, falar ou prestar atenção nisso, porque estou preocupado com aquilo", ou "Não consigo fazer nada, porque fico imaginando porque criei aquele problema há tempos atrás".
E a gente pensa que tem ganhos, mesmo com justificativas relativamente ilógicas. Se você se preocupa, é uma pessoa que se mostra interessada (o que fazer por você, pelos outros, pelo país? Como mostrar que é uma pessoa correta? Como pagar as contas? Como fazer um bom trabalho?). Se você se culpa, mostra que tem sentimentos (Não sou mal. Não pensei no que fiz. Estou arrependido. Foi um equívoco. Não quis te machucar...).
Mas... E DAÍ?
A única coisa que ganhamos com estas atitudes é, na verdade, um amplo conjunto de problemas de saúde. Passamos a sofrer com gastrites, dores no corpo, dores de cabeça, depressão... Comemos mais (ou muuuito de menos), nossos vícios ficam mais evidentes, nos sentimos fracos, dentre outros distúrbios.
Claro que é preciso estar atento ao que está por vir. É natural também que aprendamos com os erros que tenhamos cometido. Só que o momento de garantir um futuro melhor e transformar o aprendizado do passado em energia criadora é um só: O PRESENTE! Ficar paralisado pelas preocupações ou pela culpa só nos faz perder o dia que estamos vivendo.
Com mais esta inspiração, deixei de perder tempo. Liguei para minha amiga, pedi perdão pela "pisada na bola" e sugeri um novo bate-papo. Nos encontramos na praça da Matriz, conversamos com uma boa degustação de sorvetes e, acredito, encontramos alguns caminhos para que ela resolvesse boa parte dos problemas que me apresentou. Quanto a mim, depois disso, liguei novamente o computador e pus em prática o que havia me proposto logo de manhãzinha. Adorei o resultado final.
No entanto, antes, escrevi este artigo, pra mostrar que insights não devem ser deixados para depois (do tipo: "Mais tarde faço um texto sobre isso".), porque senão acaba se tornando mais uma fonte de arrependimento (assim: "Porque não aproveitei para escrever quando estava no ponto"?).
E agora, com licença, porque vou curtir um joguinho de futebol antes de ir ao meu compromisso do final da tarde: a Missa!
Ah... e chega de fugas, ok?

"Minha querida Alma. Seja fonte de luz e sintonia com o Presente".

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

EXPECTATIVAS X FRUSTRAÇÕES: EU CONFIO EM MIM!

Incrível como boa parte das pessoas que me procuram quase sempre trazem alguma problema relacionado à frustração, à decepção com algo ou alguém nos quais foi depositada muita "confiança" ou de quem "se esperava mais do que foi oferecido". É um romance que não deu certo, um namorado que traiu, uma namorada que abandonou, um profissional que não rendeu o esperado, um trabalho que "não era aquilo tudo que se imaginava", um político que "não fez o que se achava que iria fazer". Algumas pessoas reclamam, choram, culpam as outras pelo sofrimento causado, mas quase sempre colocam em sua fala: "Porque eu fui tão burro(a)? Não devia ter acreditado tanto".
Aprendi, há muito tempo, que este é o grande problema de se colocar as minhas crenças, as minhas energias em algo que não esteja sob minha responsabilidade ou em alguém que não seja eu mesmo! Não há como evitar frustrações se insistimos em deixar que elementos fora de nosso controle sejam os responsáveis pelo sucesso esperado.
Muita gente confunde pensamento positivo com "expectativas externas". Por isso, se frustram com facilidade. Às vezes, estas expectativas são formadas com base nos que nos prometem. Em outras, apenas porque optamos por formá-las. Mas, em todas, a escolha em "acreditar" é somente nossa.
Posso querer uma cidade, um estado ou um país melhor, mas não posso jogar toda essa responsabilidade sobre o político de minha preferência. Eu preciso também fazer a minha parte, e estar atento para comprovar se as promessas feitas eram verdadeiras, ou se se tratavam de pura propaganda enganosa.
Posso me apaixonar, mas para tentar conquistar o alvo desta paixão só posso contar com os meus 50% de ações: Eu é que tenho que me aproximar, mostrar meu interesse, cuidar de mim (marketing pessoal...rsrs), descobrir se há possibilidade de um envolvimento... Mas não posso culpar quem eu desejo por ela querer estar com outra pessoa, por querer apenas "ser minha amiga" ou nem mesmo por sequer ter a vontade de me conhecer. Se o desejo for recíproco, no entanto, aí cada um faz a sua parte para os dois se encontrarem.
Para o meu trabalho ser um sucesso e eu ganhar o que espero, preciso me dedicar, procurar formação, melhorar cada vez mais, ser criativo... Não basta apenas escolher uma profissão e achar que a partir daí tudo vai fluir como um passe de mágica. Se o sucesso não vier, é sempre bom avaliar o que precisa ser mudado, e não atacar o trabalho, o "sistema" ou o mundo por conta disso.
Não estou dizendo que não devemos confiar nas pessoas ou em algum projeto do qual façamos parte, em suas capacidades, nas possibilidades que nos são oferecidas. Estou afirmando apenas que não podemos jogar todas as nossas fichas, e a consequente "felicidade" que queremos, em fatores que não estão ao nosso alcance.
Quando optamos por acreditar em algo, é preciso fazê-lo já sabendo que nem tudo é previsível. Assim, se as coisas não saírem como esperamos, podemos decidir entre procurar novas alternativas para mudar isso e enfim alcançar o sucesso, ou simplesmente abrir mão por um novo foco, sem culpa e sem cobranças.
Estejamos atentos às nossas escolhas. Confiemos nas pessoas, mas não joguemos nelas a responsabilidade pelo que queremos. Assumamos nós as nossas próprias responsabilidades, estando sempre abertos à novas possibilidades! Eu não posso mudar o comportamento de ninguém que não o deseje, mas posso mudar o meu, a fim de alcançar um objetivo. Não posso obrigar ninguém a fazer o que eu quero, mesmo que isso tenha sido prometido um dia (as pessoas mudam, graças a Deus), mas posso me programar para responder a qualquer desafio que me imponham.
Ter duas opções é sempre melhor do que ter apenas uma ou nenhuma, não é? Quando temos opções, a tendência é sempre escolher a melhor para nós, para nosso equilibrio.
Há muito tempo, eu escolhi viver sem expectativas no que se refere ao que está fora de mim. É a melhor maneira, na minha concepção, de se manter sempre flexível e, acima de tudo, não ficar sofrendo à toa por conta de frustrações.

"Minha querida alma, seja fonte de equilibrio, respeito ao limite dos outros e confiança em mim mesmo"

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

AMPLIE SUA CONSCIÊNCIA... E CONVERSE COM SEUS "MONSTROS"

Estava curtindo o sol da tarde de domingo na frente da minha casa, como faço costumeiramente quando (graças a Deus) não surge nenhuma reportagem de última hora. Fui abordado por uma mulher que passou diante do meu portão e perguntou se eu era o morador da residência. Ela estava suada, tremendo, e diante de minha resposta positiva me pediu um copo de água.
Peguei uma garrafa de água gelada e comecei a serví-la, e enquanto eu fazia isso, ela disse: "Estou com a boca seca. Acho que me deram muitos calmantes". Ao ser perguntada por qual motivo alguém tentaria dopar-lhe, a resposta veio com um tom de orgulho: "Porque eu queria matar umas pessoinhas ali, que andaram fazendo algumas fofocas a meu respeito".
Talvez a moça pensasse que eu ficaria assustado com a resposta, ou que passaria a apoiar-lhe pela reação, que nem sei se ocorreu de fato, e por isso ficou  surpresa quando lhe disse: "E pelo visto não adiantou nada fazer isso, não é?"
"Ah... pelo menos eles perceberam que não podem mexer comigo", ela tentou argumentar.
"E quem estava por perto foi embora na certeza de que quem fez a fofoca falou a verdade, porque ao invés de confrontá-los e mostrar que eles estavam errados, você optou por tentar agredí-los e intimidá-los", foi a minha resposta.
A jovem (dava pra ver tinha pouca idade apesar das marcas de uma vida sofrida, seja por circunstâncias ou por más escolhas) ficou em silêncio por alguns instantes. O olhar ficou distante, como que relembrando a cena do que afirmava ter ocorrido.
"E o que senhor acha que eu deveria ter feito?", ela perguntou. O "senhor" com certeza foi por causa dos fios de cabelo e barba brancos...rsrsrs.
Agradeci pela pergunta, pois afinal era uma autorização para que eu desse a minha opinião, e passei a sugerir-lhe algumas ações que poderiam dar melhores resultados, dentre estas deixar que as coisas "tomassem seu próprio rumo", pois acredito  que quando se conta uma mentira, o tempo se encarrega de colocar os fatos à luz da verdade, ou usar argumentos válidos para confrontar o que havia sido dito contra a sua pessoa, desafiando os supostos fofoqueiros a provarem suas versões.
Novamente ela tentou se defender. "Eu tentei chamá-los pra uma conversa, mas todos fugiram".
"O fato é que você não queria conversa, e eles fugiram do seu desejo de vingança, e não do diálogo. Fique sabendo que ao assumir esta postura de 'brigona', você não só fechou o caminho pra resolver o problema, como mostrou ser o que eles diziam, ou ainda que é igual aos que te atacaram verbalmente. Quando a gente usa a violência, prova que não tem argumentos, que não tem o que falar. E todos sabiam que quando a conversa 'esquentasse' seria essa a sua escolha: partir pra porrada".
A garota suspirou. Dava pra notar que começou a repensar suas atitudes. "Acho que fiz besteira mesmo, o senhor tem razão. Vou pensar melhor sobre isso e depois tentar resolver esse problema com a cabeça fria", prometeu. Depois, tomou o último gole de água, agradeceu e seguiu seu caminho, mais calma.
Após esta conversa, fiquei pensando quantos de nós não fazemos o mesmo que esta mulher. Reagimos ao que os outros dizem contra nós de maneira intempestiva, e nem nos tocamos que, na verdade, apenas estamos confirmando as palavras negativas em relação às nossas condutas. Isso acontece por um único motivo: Porque muitas vezes o que foi dito é apenas um reflexo do que, no fundo, sabemos ser uma característica pessoal, muitas vezes escondida no fundo de nossas mentes, mas que se mostra claramente às pessoas que nos cercam.
Outras vezes, tentamos resolver a situação-problema ou o conflito "com o mesmo nível de consciência" com que eles foram criados. Não paramos para analisar a questão a fundo, onde há razão e onde está o erro, não procuramos fazer uma auto-análise para descobrir o que levou determinadas pessoas a nos atacarem, não buscamos, em nós mesmos, o "gancho" que nos prendeu ao que foi afirmado.
Com isso, não temos defesa, não temos "vocabulário" para explicar o que de fato aconteceu, e nem coragem para assumir quando erramos de fato (quando este for o caso), ou que não consideramos uma falha fazer o que está sendo apontado como tal.
Por isso, faço um convite: Acorde para si mesmo(a). Amplie a consciência que tem de si e de suas atitudes, pois assim poderá responder a qualquer desafio ou conflito num nível acima daqueles a quem você considera seus opositores.
Muitas vezes, você vai perceber que o grande inimigo, na verdade, está dentro de você. É a sua sombra, o que você considera 'feio', inaceitável... Converse com este seu lado! Pare de simplesmente reprimí-lo e torne-o seu aliado! Saiba que é muito mais fácil lidar com monstros quando você sabe onde eles estão, e não guardando-os numa caixa cheia de buracos (como é o espaço onde guardamos nossos 'defeitos' e posturas indesejadas).

"Sinto muito, me perdoe, te amo, sou grato"

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